sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

VAZAMENTO DE 1,3 Mi DE ÓLEO NA BAÍA DE GUANABARA

"10 ANOS SEM SOLUÇÃO" Baía de Guanabara - RJ

PETROBRAS: Uma História de "destruição" e "descaso"
com à Baía de Guanabara.


Na madrugada de 18 de Janeiro de 2000, o vazamento de 1,3 milhão de litros de óleo bruto de um duto da Refinaria da Petrobras em Duque de Caxias (REDUC), transformou a Baía de Guanabara num mar espesso e morto.

A mancha de óleo se estendeu por uma faixa superior a 50 quilômetros quadrados, atingindo o manguezal da área de proteção ambiental (APA) de Guapimirim e váreas praias banhadas pela Baía de Guanabara.

E em poucas horas, manguezais e a fauna da região sucumbiram à contaminação e com isso os pescadores perderam o sustento.

O vazamento provocou danos irreparáveis ao meio ambiente, com grandes reflexos na economia das famílias de pescadores e catadores de caranguejos.

Até hoje os poucos pescadores que ainda pescam na Baía de Guanabara, verificam uma queda na produção superior à 70% da captura do pescado, sem falar que após o desastre ambiental de 2000, muitas espécie de peixes desapareceram, muitos pescadores trazem as redes de pesca sujas de óleo, que ficou depositado no fundo da Baía de Guanabara até a data de hoje se verifica muito óleo bruto no interior dos manguezais.

A Refinaria Duque de Caxias - REDUC, é responsável pelo lançamento de quantidades expressivas de poluentes em nossa Baía , com elevada carga de derivados de Petróleo e Metais Pesados, sem falar que hoje o que se ver é uma Baía de Guanabara agonizando, cada vez mais poluída, com dutos submarinos, grandes Terminais, Pier's e navios transportando Gás e Petróleo.

No ano de 2005, O juiz Rogério Souza, da 20ª Vara Cível do Rio de Janeiro, levou em consideração o parecer do perito Moyses Alberto Mizrahy, referente ao vazamento de óleo da Refinaria da Petrobras no ano de 2000 . De acordo com o laudo, "o acidente não foi uma fatalidade, mas o resultado de má falha de gerenciamento, de uma sistemática subestimação dos riscos ambientais e da resistência tenaz a mecanismos de controle ambiental e social".

Ainda segundo o laudo, "as comunidades que tiravam seu sustento de atividades ligadas, direta ou indiretamente, à boa qualidade das águas da Baía de Guanabara, tais como a pesca e o turismo, foram muito prejudicadas, quer pela contaminação dos peixes e crustáceos, quer pela inviabilização do turismo local".

"A lei 6.938/81 dispõe, em seu art.4º, inciso VII, que a Política Nacional de Meio Ambiente visará à imposição ao poluidor e predador da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados".

No dia 18 de Janeiro de 2010, completou 10 anos da maior Catástrofe Ambiental na história do Brasil, dia em que o "Grupo Homens do Mar", organizou um grande Ato com várias Entidades e Lideranças de Pescadores da Baía de Guanabara em frente ao prédio da Petrobras na Av. Chile, Centro do Rio de Janeiro.

Lá os pescadores reunidos em protestos foram recebidos por Diretores e Gerentes ligados ao Gabinete do Presidente da Petrobras "Sergio Gabriele"; em reunião ficou acertado a criação de uma mesa de diálogo com os Pescadores e a Petrobras, assim marcado um próximo encontro para a semana seguinte, onde será dado uma primeira resposta as reivindicações dos pescadores.

"GRUPO HOMENS DO MAR DA BAÍA DE GUANABARA", defendendo o MEIO AMBIENTE e aqueles que sempre o utilizaram em HARMÔNIA de maneira SUSTENTÁVEL; "O PESCADOR ARTESANAL".


GALERIA DE FOTOS :





Nenhum comentário:

Postar um comentário