Cerqueira César: Enchentes em SP refletem falta de governo
Atualizado em 21 de dezembro de 2009 às 18:58 | Publicado em 20 de dezembro de 2009 às 08:31
Júlio Cerqueira César Neto: "São Pedro e o lixo jogado na rua não foram os responsáveis pelas enchentes de 8 de setembro e 8 de dezembro em São Paulo"
por Conceição Lemes
Filho feio não tem pai. Já se o rebento tem pedigree, sobram candidatos.
O governador de São Paulo, José Serra, é hors concours na área. Assume como dele a criação do Programa Nacional de DST/Aids, do Ministério da Saúde, considerado um exemplo no mundo. Só que os verdadeiros criadores são a doutora Lair Guerra de Macedo Rodrigues e o professor Adib Jatene.
“Serra, pai dos genéricos? PSDB, criador dos genéricos? Assumir como deles é um embuste!”, disse em junho ao Viomundo, o médico Jamil Haddad, falecido na semana passada, aos 83 anos. Ex- deputado federal, ex-prefeito do Rio Janeiro e ministro da Saúde de outubro de 1992 a agosto de1993, Jamil Haddad é o verdadeiro pai dos genéricos do Brasil.
Em compensação, Serra nunca é pai de perebentos. Inexoravelmente culpa os outros. Tanto que terceirizou a paternidade das inundações em São Paulo. Além do desplante de dizer que o noticiário negativo era obra do que chamou de PT Press, o governador afirmou que problema da enchente foi a enorme, anormal, atípica chuva.
Para colocar os pingos nos is, o Viomundo entrevistou o engenheiro Júlio Cerqueira César Neto. Durante 30 anos – está com 80 – foi professor de Hidráulica e Saneamento da Escola Politécnica/USP. É considerado um dos grandes especialistas do Brasil nessa área.
Viomundo – Nos últimos dois meses, São Paulo submergiu duas vezes. O prefeito Gilberto Kassab (DEM) e o governador José Serra (PSDB) culparam principalmente a “quantidade anormal de chuvas no período” e “ lixo jogado na rua pela população”. São Pedro e o povo são os responsáveis por essas duas inundações históricas?
Júlio Cerqueira César Neto – Não. Querendo dourar a pílula, as autoridades lançaram mão de vários parâmetros para confundir a opinião pública. Esses fatores realmente existem. Porém, São Pedro e a educação sanitária não são os causadores das enchentes de 8 de setembro e 8 dezembro.
Viomundo – São Pedro não teve mesmo culpa no cartório?
Júlio Cerqueira César Neto – Nas duas inundações deste ano, São Pedro está completamente isento. As duas chuvas [8 de setembro e 8 dezembro] não foram catastróficas, elas foram moderadas. Aliás, sempre que acontece uma enchente dessas, o prefeito, o governador, os secretários aparecem dizendo que São Pedro foi o responsável. Nada deixa a população mais irritada do que essa desculpa esfarrapada.
Viomundo – E o lixo jogado na rua?
Júlio Cerqueira César Neto – Prejudica um pouco, mas não é o principal. É só um fator colocado no debate pelas autoridades para confundir a opinião pública, e esconder os verdadeiros responsáveis.
Viomundo – Então quais as causas principais dessas enchentes?
Júlio Cerqueira César Neto – Uma delas, o assoreamento do Tietê. Assoreamento é o material sólido que vem na corrente líquida do rio: terra, erosão, lixo, entulho de obra. Na cidade de São Paulo, a declividade do Tietê é muito pequena e a velocidade, muito baixa. É como se o rio estivesse quase parado. Todo material sólido deposita-se, então, no fundo do canal, reduzindo a profundidade. Consequentemente, diminui também a capacidade de transporte de água na hora da chuva. É o que acontece com o Tietê. Em vez de ter espaço para passar, por exemplo, 1.000 metros cúbicos por segundo, só “cabem” 500. Os outros 500 transbordam.
Viomundo – Isso acontece também com os afluentes do Tietê?
Júlio Cerqueira César Neto – Pelo contrário. Eles têm declividade forte e velocidade grande de água e não assoreiam. Consequentemente, das cabeceiras até chegar ao Tietê, eles têm facilidade de transporte de material sólido. E como o Tietê tem velocidade muito baixa, esse material se deposita no canal do próprio Tietê.
Viomundo – Sempre foi assim?
Júlio Cerqueira César Neto – O Tietê sempre teve velocidade baixa. Não dá para modificar isso. É a conformação geológica e topográfica do rio.
Viomundo – Anualmente quanto de resíduos o Tietê recebe?
Júlio Cerqueira César Neto – Na cidade de São Paulo, entre a barragem da Penha [Zona Leste] e o Cebolão [Zona Oeste], aproximadamente 1,2 milhão de metros cúbicos de terra. Se você deixar isso no fundo do rio, a capacidade dele diminui. E o que o Departamento de Águas e Energia Elétrica, o DAEE do governo do Estado de São Paulo, tem feito? O DAEE faz a limpeza, mas tira apenas 400 mil metros cúbicos por ano.
Viomundo – O DAEE tira só um terço.
Júlio Cerqueira César Neto – Deixa, portanto, anualmente uma quantidade muito grande de sedimentos no Tietê, diminuindo capacidade de ele transportar as vazões de enchentes. No dia 8 de setembro, às 16h30m, no Viaduto da Casa Verde, um engenheiro mediu a quantidade de água que passava no rio. Deu 735 metros cúbicos por segundo. Ali, naquele trecho, se o canal do Tietê estivesse limpo, poderia passar mais de 1.000 metros cúbicos por segundo. Se o Tietê já transbordou com 735 metros cúbicos é porque estava assoreado.
Viomundo – Se o Tietê não estivesse assoreado, a inundação de setembro não teria havido?
Júlio Cerqueira César Neto – A inundação aconteceu porque o Tietê estava com mais da metade da sua capacidade obstruída por resíduos depositados no fundo do seu canal e que não foram limpos adequadamente pelo governo do estado.
Viomundo – E no dia 8 dezembro?
Júlio Cerqueira César Neto – Nenhum engenheiro foi lá medir. Mas pelas consequências a coisa foi muito semelhante à de 8 de setembro. Se a vazão não foi 735 metros cúbicos por segundo, foi de 835, 800, ou algo parecido. Se não houvesse assoreamento, a cidade não teria inundado. Houve inundação, porque o Tietê estava ainda mais assoreado do que em setembro. As causas que levam às enchentes são principalmente o assoreamento e a má limpeza do rio.
Viomundo – Ou seja, tem de se varrer todo dia o lixo da "casa"(rio). Se acumular, com o tempo a gente não passa mais...
Júlio Cerqueira César Neto -- Você tem um rio que deveria ter capacidade de 1.000 metros cúbicos por segundo. Se ele está sujo, a capacidade dele fica reduzida para 500, por exemplo. Assim, se a quantidade de água devido à chuva for de 700 metros cúbicos por segundo, ele extravasa. Não tem jeito. Encheu porque estava assoreado.
Viomundo – Alargar o Tietê, avançando sobre as marginais, resolveria as enchentes?
Júlio Cerqueira César Neto – Não acho que a solução seja por aí. Outro dia vi uma entrevista de um urbanista, dizendo que a prefeitura precisava tirar as marginais da várzea e colocá-las na encosta. No meu entender, tirar as marginais do lugar é algo totalmente fora de propósito.
Viomundo – E o que fazer?
Júlio Cerqueira César Neto – A calha do Tietê foi projetada há 20 anos. Na época, previa-se que a vazão de 1.000 metros cúbicos por segundo seria adequada para os nossos dias. Dez anos depois de iniciada a obra [levou 20 para ficar pronta], verificou-se que os 1.000 metros cúbicos já não seriam suficientes. Eram necessários 1.400. A urbanização foi muito mais intensa e mais rápida do que o imaginado. Ampliar o tamanho da calha não dá mais. A única forma de fazer com que a vazão voltasse a ser de 1.000 metros cúbicos por segundo é fazer piscinões. Infelizmente, pois são um mal necessário.
Viomundo – Por que infelizmente?
Júlio Cerqueira César Neto – Do ponto de vista hidráulico, os piscinões são perfeitos. Retêm o pico das cheias dos afluentes, diminuindo a quantidade de água que chega ao Tietê. É o único jeito de fazermos com que a vazão do Tietê baixe de 1.400 metros cúbicos por segundo para 1.000. Para isso, o governo do estado de São Paulo, via DAEE, projetou 134 piscinões. Entretanto, nos últimos dez anos, construiu apenas 43.
Viomundo – Um terço...
Júlio Cerqueira César Neto – Pois é. Com isso, não conseguiu baixar a vazão de 1.400 metros cúbicos para 1.000. Ou seja, mesmo que a calha do Tietê estivesse limpa, ela seria insuficiente para uma capacidade de 1.300 metros cúbicos por segundo, por exemplo, que são vazões que ocorrerão daqui para frente, no período chuvoso, que vai principalmente de janeiro a março.
Viomundo – Então até agora não choveu muito mesmo?
Júlio Cerqueira César Neto – As duas enchentes ocorreram com chuvas moderadas. São chuvas do período de estiagem. Ou seja, o pior está por vir.
Viomundo – E como resolver a questão das enchentes a curto prazo?
Júlio Cerqueira César Neto – A calha do Tietê tem duas deficiências importantes e não há como resolvê-las de pronto. Vamos ter de conviver com a insuficiência da calha por muitos anos ainda.
Viomundo – Por quê?
Júlio Cerqueira César Neto – Primeiro: temos de fazer 91 piscinões. Se eles levaram [o governo São Paulo] 10 anos para fazer 43, levarão mais 20 para fazer os que faltam. Segundo: o governo do estado não está disposto a gastar mais do que a limpeza [de resíduos da calha] de 400 mil metros cúbicos por ano, quando são necessários 1,2 milhão. São duas deficiências que precisam ser resolvidas. Ou o governo do estado faz mais piscinões e limpa a calha do Tietê ou vamos ter enchentes frequentemente.
Viomundo – O senhor disse que os piscinões são um mal necessário. Gostaria que me explicasse por quê.
Júlio Cerqueira César Neto – Nós temos um sistema que conduz o esgoto doméstico e outro, as águas pluviais. Chama-se sistema separador absoluto. Porém, há 30 anos, a nossa "magnífica" Sabesp constrói redes coletoras de esgoto que jogam o esgoto diretamente no córrego mais próximo. O córrego é do sistema de drenagem e não do sistema de esgotos. Então, todos os córregos da região metropolitana de São Paulo e o próprio rio Tietê – deste eu nem preciso falar para você – são esgotos a céu aberto. Os esgotos saem da rede, entram nos córregos. Portanto, quando se faz um piscinão num córrego desses, você retém não apenas a água da chuva mas a do esgoto também.
Viomundo – Quer dizer que o piscinão é um “esgotão”?
Júlio Cerqueira César Neto – Na prática, os piscinões são verdadeiros esgotos, sim. Ainda mais quando a água fica parada. Daí, sim, ela decanta, formando um lodo no fundo. É uma situação sanitária extremamente desfavorável. Esse é um dos aspectos pelos quais eu não gosto dos piscinões. Na sequência, eles se tornam um tremendo problema; são foco de proliferação de doenças na cidade.
Viomundo – Ou seja, do ponto de vista de saúde pública o piscinão é péssimo?
Júlio Cerqueira César Neto – Sim. Por isso eu digo que é um mal necessário. Só deve ser feito onde não há outra coisa a fazer. Não façam, pelo amor de Deus, piscinões para resolver alagamentos das cidades da região metropolitana, que são as enchentes das prefeituras. Deixem a água correr normalmente.
Viomundo – A curto prazo, o senhor já disse que não tem solução para o Tietê. Se o governo acelerar hoje a limpeza do rio, o resultado não vai aparecer amanhã. E agora?
Júlio Cerqueira César Neto – Esse trabalho tem de ser iniciado já. O governo do estado tem de passar a tirar 1,2 milhão metros cúbicos de resíduos do Tietê. Precisa colocar mais dinheiro no orçamento do ano que vem, porque essas obras não são feitas em uma semana. E esse trabalho de limpeza tem de ser feito o ano inteiro – de janeiro a dezembro. Ininterruptamente. É tirar, tirar, tirar, para evitar o acúmulo de resíduos no fundo do rio.
Viomundo – E se governo do estado de São Paulo não fizer a limpeza diária como tem de ser feita, nem investir os recursos necessários?
Júlio Cerqueira César Neto – Então que avise a população. Avise-a também que a cidade vai inundar. Quanto aos piscinões, em vez de levar 10 anos para fazer os que 91 que faltam, que faça em 5 anos.
Viomundo – E se o governo disser que não pode?
Júlio Cerqueira César Neto – Pode, sim. É só colocar dinheiro.
Viomundo – Isso implica estabelecer as enchentes como prioridade.
Júlio Cerqueira César Neto – Se é que é uma prioridade... Não me parece. Até agora, o governo de São Paulo não disse a que veio. Na quarta-feira, a Câmara Municipal aprovou o orçamento da Prefeitura. Para 2010, a verba de córregos e galerias para o sistema de drenagem pluvial da cidade foi cortada pela metade. E olha que provavelmente nem o orçamento inicial seria suficiente. Mas não cortaram a verba de publicidade da prefeitura. Com essas atitudes, o recado que deram é o de que enchente não é um problema importante.
Viomundo – Será que a Prefeitura e o Governo do Estado de São Paulo estão contando com a ajuda especial de São Pedro nos próximos meses?
Júlio Cerqueira César Neto – Eu não vejo com otimismo a nossa próxima estação chuvosa, não. Janeiro, fevereiro e março são os meses das grandes chuvas. E nós vamos ter situações piores do que as tivemos em setembro e dezembro.
Viomundo – Há quatro anos, quando foi concluído o bilionário rebaixamento da calha do Tietê, se propagandeou que São Paulo não teria mais enchentes. E agora?
Júlio Cerqueira César Neto – Essa informação de que não teríamos mais enchentes em São Paulo era simplesmente uma mentira. Primeiro, a calha não tem a capacidade que deveria ter. Segundo, faltam 91 piscinões. Terceiro, se o governo não se propuser a tirar do fundo do rio a quantidade necessária de resíduos, nós vamos continuar tendo mais enchentes . Portanto, é mentira que não teríamos mais enchentes aqui.
Viomundo – Mas não tem jeito mesmo de se evitar inundação nesses próximos meses em Sâo Paulo?
Júlio Cerqueira César Neto – A não ser que São Pedro se transforme num anjinho e diga: “Não chova mais na região de São Paulo, a não ser umas gotinhas...” Mas isso a gente não pode esperar, concorda?
Para quem mora nas "áreas de alagamento" não adianta desejar feliz ano novo. Feliz ano novo submerso.
Parabens pelo texto, e este link abaixo tem as provas de que realmente falta Governo em São Paulo.
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2009/12/21/a-inapetencia-administrativa-de-serra/
A verdade é que as MARGINAIS agridem violentamente o RIO, a cidade, o cidadão, o espaço geográfico... O Rio não tem como extravasar em épocas de cheias. O que nós paulistas e paulistanos precisamos é parar de priorizar o automóvel de uma vez por todas... Colocá-lo em seu devido lugar (a garagem)
Precisamos organizar um grande investimento em obras públicas em SAMPA e tirar estas marginais horríveis da beira do Rio, que agoniza. Precisamos limpar o rio, recuperara a mata ciliar e fazer o tratamento do esgoto que lá é descartado e priorizar os trens, Corredores de ônibus e metrôs na cidade.
Precisamos transformar o espaço à beira-rio em parques e praças bem arborizadas e protegidas da especulação imobiliária, devolvendo assim a "praia", o lazer e a qualidade de vida ao povo paulista, senão não tem jeito.
E nem entrem nessa de construir mais "900 mil" piscinões na cidade pois são verdadeiros criadouros de Dengue que acabam virando depósitos de lixo à céu aberto. Impermeabilizam mais ainda o solo e aumentam o problema. Se assim o fizermos temo que São Paulo se torne totalmente inviável.
Em tempo: derrubem também o tenebroso Minhocão que nada mais é que um símbolo de uma época terrível para o paulista. A época do "rouba mas faz" (mer.....). Algo traumatizante não só para o cidadão como para a cidade, enquanto espaço público.
FORA PSDBestas DEMentes e PIG's!!!
QUERO LULA DE NOVO QUERO DILMA 2010 MEU POVO!!!
UBALDO, assobiando, saias de fininho!
Não sabes nem aonde o galo está cantando.
A entrevista é muito boa. Interessante notar que o entrevistado, apesar de homem culto e inteligente, é vítima da lógica do carro. Tocar nas marginais? Nem pensar, embora a solução alternativa que ele dê sejam gastos bilionários e periódicos com piscinões e dragagem do rio. Solução esta provavelmente bem mais caro que o investimento em transporte coletivo e a desativação das marginais.
Serra na Globonews, sobre o Jardim Pantanal: "SOMENTE no decorrer da semana pudemos perceber a gravidade da situação..." É, depois de dez dias e uma morte por lepstopirose depois....Se fosse um assalto no Morumbi, lá estaria o Serra na mesma noite, "prestando solidariedade...anunciando providências.."
Virgílio Freire: Mais uma acusação de fraude na Telefônica
http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=24542
Saiu no blog do Virgílio Freire:
Clique aqui para ir ao blog.
Quosque tandem, Catilina, abutere patientia nostra?
Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência?
(Cicero, 63 A.C.)
Lucius Sergius Catilina foi um político e general romano que viveu entre 108 AC-62 AC. Extremamente ambicioso e antiético, por diversas vezes conspirou para se tornar ditador de Roma. Cícero, o mais famosos orador de Roma, incessantemente denunciou ao Senado as conspirações de Catilina, nas famosas "Catilinárias", das quais a mais famosa começa com a frase acima. Catilina foi preso e executado no ano de 62 AC graças à vigilância e à coragem de Cícero no Senado.
Hoje vivemos situação semelhante. Até quando, Telefônica, abusarás de nossa paciência?
Anatel investiga prestação irregular de telefonia pela A.Telecom
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009, 0h40
Um caso inédito no setor de telefonia fixa tem agitado os bastidores da Anatel nos últimos meses e pode provocar uma mudança sensível na forma como as concessionárias de telecomunicações prestam serviços para clientes corporativos.
Lembrai-vos também do jogo de fechamento e abertura das comportas do tietê, onde eles brincam de escolher qual região vai alagar...
e isso ..isso vai ser contato de forma ÉTICA e transparente na campanha ? ..isso, isso e a promessa de quem não se candidataria ..a paternidade pelos genéricos ..o transito na cidade de SP ..a paralisia na expansão do metrô ..os pedágios MAIS caros do BRASIL ..a política pra dengue ..a participação no governo de FHC ..a ligação com Arruda ..os estragos e regras nos PLANOS de SAÚDE ? aquele do plano MATA O VÉIO ? as denuncia do F.Bierrembach ..vai? vão contar ? ..se não, nem adianta ? ..vira papo de cumadre ..e o MEDO da REGINA, você se lembra? então cooonta
Enquanto isso,nas "Organizações"...................
http://maureliomello.blogspot.com/2009/12/o-jardim-dos-infieis.html
Da série ficção, a preferida dos internautas. Era uma reportagem que mostrava a morte de uma mulher por uso de um medicamento considerado, no mínimo, polêmico. A venda estava proibida nos Estados Unidos, por exemplo, mas aqui o ministério da Saúde - do governo anterior - fazia vistas grossas, quanto à gravidade do caso. Estava na ilha de edição assistindo ao material gravado, desde cedo, por uma repórter bastante experiente, que voltou da rua convicta de que a causa fora o tal remédio. Havia depoimentos, laudo do IML, entrevista com a médica socorrista, com a farmácia que vendeu e com a distribuidora, sobre a validade do lote. Era um sábado e o que aconteceu me fez crer que "esses caras são mesmo poderosos". Não tinha terminado de assistir ao material, quando o telefone tocou dentro da ilha (o que por si só já é curioso). Ao atender à ligação externa a interlocutora me chamou pelo primeiro nome (o que é estarrecedor). E me perguntou se era eu o editor da tal matéria. Disse que sim e ela se apresentou como assessora de imprensa da indústria farmacêutica que fabricava o medicamento (num sábado, uma assessora de imprensa?). Disse a ela que o procedimento padrão era eu avaliar a importância jornalística do fato e dizer para os chefes, no Rio, se valia ou não matéria e que, caso isso se confirmasse, recorreríamos à Associação Brasileira do setor, que costumava nos informar se o assunto merecia uma nota de esclarecimento pelo laboratório, ou uma entrevista gravada. Ela me perguntou quem era a pessoa responsável pelo departamento de jornalismo durante o plantão. Informei a ela o nome e passei o ramal. Menos de uma hora depois a chefe de redação entra na ilha e diz: - A matéria caiu. Sinal de que algo mais forte se movimentava, entre o interesse público e o privado, naquele tipo de notícia. Não precisamos nem ir muito longe. O principal telejornal da emissora detesta falar de remédio, a não ser que seja uma "droga revolucionária". A indústria química e farmacêutica, depois da petrolífera, de automóveis e de bebidas, está entre as mais influentes no mundo. Gastam milhões e milhões com publicidade, amostras grátis e jabás para médicos e cientistas. Quem assistiu aO Jardineiro Fiel sabe bem do que estamos falando. Mas se alguém me perguntar se esse tipo de pressão pela não exibição de uma reportagem de interesse público acontece na maior, mais importante e, por enquanto, mais influente emissora de televisão do país, eu nego.
Salomon (20/12/2009 - 20:22):
Em situações cunfras não se admitem saborotéias!!!
Presidente do STF decidirá caso Sean Goldman nesta segunda
Gilmar Mendes analisará dois mandados de segurança.
Eles pedem a derrubada de uma liminar que manteve o menino no Brasil.
Concordo em partes com o sr. Júlio. Tanto a população e o governo do careca e do prefeito Kassab tem culpa. Basta pçhar quando há as enchentes e pode ver a quantidade de lixo que fica boiando... Já o gov. não educa a sociedade e também não faz obras de melhorias.... Estão todos errados.
Burraldo o Marketing dos demotucanoides em favor do zé alegão é bem maior que o do lula. como explicar o inferno que é Sp?????????? a culpa é do zé do pedagio que gasta dinheiro em Marketing.
Os devaneios do Ubaldo são incipientes e embrionários.
verdadeiros despautérios.
Sofismas, falácias e muita burrice é o que escreve esse rapaz.
Usa dados fictícios e formula conclusões despiciendas.
Os que somos acostumados ao exercício mental lamentamos tanta falta de descortino.
Há nele a necessidade da depuração incessante dos erros.
Vamos aprimorar o senso crítico, meu rapaz!
Luta inglória essa sua, não?
Copiando o Eduardo Guimarães, ISSO É JORNALISMO! Memorável tanto o texto do Azenha quanto a "fala" do especialista.
Eu sempre soube em São Paulo que o maior problema das enchentes é a falta de limpeza de bueiros, do Rio Tietê e similares. Taí a confirmação. FALTA DE GOVERNO, no dicionário demotucano, mudou para CULPA DE SÃO PEDRO.
Esse proplema crônico vai ser resolvido com os piscinões. Muitos já foram construídos e faltam alguns.
Sobre o problema que 45% da população brasileira não tem esgoto, ninguém fala. Ninguém fala da Segurança que está péssima. Ninguém fala da Saúde que está doente. Ninguém fala da Educação (R$ 40 bilhões)cuja verba no Orçamento da União é menor do que o Orçamento do Ministério da Defesa (R$ 51 bilhões).
Se a Educação, Saúde, Segurança, Transporte Público estão ruins, como o povo apoia o Lula?
Marketing.
Paulistas, pelo cronograma percebido das enchentes, preparem-se para o próximo dia oito de março...
Adorei a entrevista. Muito esclarecedora. Como já disseram outros comentaristas, isto eu não encontraria no PIG.
Do Site: VI O MUNDO - Luiz Carlos Azenha - O que vc nunca pode ver na TV
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